sábado, 18 de junho de 2011

Esqueça

 Não se lembre... lembre- se de não esquecer, esqueça- se de lembrar. Não planeje... não viva, não durma, não sinta e nem chore. Entenda como me sinto.. sinta como eu vivo.. viva como eu sou. O que eu queria não era querer, nem viver, nem amar.. o que amo não vivo, o que vivo não amo. Os finais de semana.. as semanas sem finais. Compilação.. tudo entrelaçado sem mostrar seus laços, enquanto ainda tento sustentar alguns... mesmo que em vão para muitos.. muitos daqueles que tento preservar, nos preservar do que acontece, do que vem acontecendo... da ida e da permanência nesse estado inerente, imóvel, agoniante.. nessa falta de carinho, de afeto, de humanidade e sinceridade. E o meu medo aqui presente... meu medo de me tornar o que mais temo, de temer o que eu possa me tornar.. de assumir o meu medo de perder. E isso é muito natural do meu natural.. dessas vontades, desse querer que nada mais é que um querer sobrepondo outro.. um fundo de cena se escondendo em minhas ações.. É aquele piano que toca suavemente, quase que imperceptível aos ouvidos cheios, mas que toca aos machucados. Isso me embala enquanto me desembalo. Queria estar, queria ver, queria sentir. Mas deixemos isso um tempo de lado, quem sabe.. quem sabe não voltemos mais aqui.. quem sabe eu já não queira voltar. Talvez não devêssemos ter nos encontrado, não devêssemos dever.. mas agradeço, pois vivi, existi, não só sobrevivi. E não lamento, já que este lamento só dura até o final dessa reflexão. Tudo que sinto não cabe aqui e muito menos aí, ali.. Não queira entender..

Vida - Visconde ♪

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