quinta-feira, 31 de março de 2011

Soft Skeletons

 Eu quero ser a ultima a esquecer.. a ultima a viver enquanto existo, não vivo, agora sobrevivo. Quero aquela força de volta, tudo funcionava muito bem, agora o ATÉ está longe demais. Todos foram embora e eu fiquei, jogada por essa noite estrelada, perdida entre o que se pode encontrar, não encontrei. Me sinto numa vida ilusória, retirada à força da real, irreal. E eu me sinto presa...
'Eat, sleep, repeat', tocava a música que traduzia minha vida a segundos atrás e ainda traduz. Não estou reclamando, só não tenho mais aquela postura, vida... mendiga- agitada. Agora sou mendiga parada, encostada num beco qualquer ao lado de um bar onde tocam melôs que me embalam nesse desembalo. E oras, se minhas palavras já não fazem sentido, o que resta é continuar, insisto em mudar mas nessas proporções, fico. 'Eat, sleep, repeat', eu dizia para mim mesma, para lembrar de esquecer o que você já esqueceu, o que não vivo, se esquecer..

ESQUECI.


About a girl- Nirvana (8)

sábado, 26 de março de 2011

I can find the moon


 Dias difíceis estão por vir, nessa nova vida que você está me forçando a viver, ter, esperar e construir, sem você, sem o nosso lugar. Gostaria que tudo isso não passasse de uma brincadeira sem graça, de um teste, de absurdamente tudo, antes isso. Cara amiga de tantos anos que agora eu degusto, vinhos para uns, confidente para mim, você está me acalmando agora. Gostaria de outra pessoa perto de mim, mas sei que essa pessoa já não vai voltar. Ao menos você, taça, me inspira... expira o que não queria mais. Espirra. E enquanto isso acontece, com a visão turva, acho a lua perdida por aí.. solitária igual a mim, acompanhada de tantos admiradores noturnos, ambulantes, amantes, desesperados, mal amparados. acabados. você tem o brilho de todos nós e me distrai, me lembra quem eu deveria ter em seu lugar, me lembra quem a você, me inspirou a olhar. Estou machucada, pequenas mentiras me distraem enquanto me perco, perdida em tantas vezes, e quantas não foram? Mas tudo bem, me culpe se acha que a culpa é minha, acredite em você, mas saiba que nem sempre, por ser sua opinião, ela é a certa. Erros e acertos nos trouxeram até aqui... como você está agora?

BLAME ME.


Autobah- anberlin (8)

How are you now?

 Foi um BAQUE. Isso doeu como nunca pensei que doeria, e me fez chorar, como nos tempos de criança.. com tamanha ingenuidade, só precisando de um colo. Dói. Mas quanto mais eu digo, mas banalizo. Por isso não sei mais por onde começar, já que o que me lembro mais foi dessa época que dizem por aí, acabou de se encerrar. Love affair toca enquanto eu me pergunto, porque perguntam dentro de mim, como eu vim parar aqui. Foi você quem me trouxe e eu não trouxe ninguém? Foi tão difícil. Foi o começo. O fim acaba de começar. Lamentações não me restam, não gosto disso nem um pouco, não.. prefiro ficar aqui, ouvindo o som da minha respiração, de crianças (que eu gostaria de voltar a ser, pra não precisar dar satisfação do meu choro) brincando, correndo de lá pra cá.. me ouvir, perceber o eco que ficou aqui. Onde está minha mente? Onde estou eu, perdida, queria me encontrar.. não foi nada em vão, porque essa foi a vida que levei e estava disposta a vivê- la durante essa que tive primeiro. E que agora vou ter que reformular.... tenho que concentrar minha respiração em outra coisa, que ver onde fica meu coração e encaixar tudo de  volta, tudo que estava com você. A distância vai piorar. Inútil. Não vejo o porque nisso, mas quem sabe, seja o melhor pra você... se você existir, se não for mais um que passou e que não quis ficar. Queria querer, que o seu querer fosse o meu também. Na verdade, já fiquei demais por aqui, por muito, muito tempo, esse tempo. Quem sabe eu demore a voltar, quem sabe eu volte agora ou talvez não volte mais. O que importa não se importa mais. Quem dera você se importe em não se importar, porque ainda me importa. Vai demorar. Como é se levantar e ter outra vida, quando essa não é a que quer deixar?

DO YOU WANT TO LEAVE YOUR PLACE ON MY SIDE?
(just have a little faith)


Should your return- Copeland (8)

Acredito

 Ao ver uma parte da lua pela manhã ensolarada de uma sexta feira, várias lembranças me abalam. Finais de semana não são mais muitos em um só quando não os passo ao seu lado... dias de chuva, de céu limpo e lua cheia pela noite dizem tudo, menos o que queria ouvir de você. Me sinto totalmente perdida, nao me encaixo em nada, muito menos na vida que levo e que amava ser levada por ela e levá- la também, perto de você. Me sentia segura, segura, até me segurava, mas agora não vejo sentido em nada. E o que seria o sentido , sem pra mim sentido ter? Devo exclarecer à você, leitor, que não me apego a love affairs, mas quanto à essa amizade que cultivei e é um dos meus tesouros, vou até o fim. Deixo aqui minha pacifidade quanto ao seu pedido de distância, mas relembro a minha NÃO DESISTÊNCIA. Meus dias não tem sido fáceis. 


CADÊ A LANTERNA?


The unwinding cable car- anberlin (8)

domingo, 20 de março de 2011

Like knives

 Todo esse frio que está aí fora nem se compara ao inverno que carrego aqui dentro.. nós sabemos que eu não deveria estar assim e muito menos, demonstrando completamente isso, mas também não quero que me entendam.. até porque sou outra perdida nesse mundo que criamos e que você, por ele não passa mais. Você está deixando, abrindo mão de tudo que já conseguiu por não permitir me ouvir. Ouça, por favor, que você tem sido um assunto irrevogável aqui na assembléia que formei em minha mente, no simples barulho que me tira daqui, já que antes suas palavras do que o teu silêncio. Mas quero te alertar: estou fazendo conforme você quer, mais uma vez, por você. E também não me importo se você não se importar, pois sei que no fundo no fundo, esta será uma manifestação silenciosa, típica sua, que responderá a grande maioria das perguntas, minhas perguntas. E que talvez não sejam perguntas, só continuações do que não deveria mais se ferir tão facilmente.  Acima de tudo, entendo que o que temos é tão impossível que vivemos, logo, somos. amamos. E eu, eu não desisto. Não há coerência parar no meio de uma escalada só por causa do mau tempo.. As suas canções estão cantando aqui, para mim...  e essas palavras que jogo aqui, são a pequena demonstração da falta de sentido de viver que eu tenho, sem você... você sem.
Estou vendo tanta gente caindo à minha frente, ao compasso que me aproximo do céu (ou do chão). Não seja assim... afirmo novamente que se for pra te ver feliz, que cometa eu o sacrifício, que eu morra por isso, mas que você viva, viva bem, viva.
Obrigada por me trazer a lua pra te lembrar... por me trazer seus abraços, conselhos.. por me trazer você. Mas não me perdoe, já que errar faz parte de mim.
Enquanto suas frases se formam no silêncio, as palavras que ouço são como facas, perfurando minha pele e me deixando assim.

JUST STAY ALIVE, DYING.

...off by heart- City and Colour

sábado, 19 de março de 2011

I COME, you GO

Não me resta nada a fazer quando esse velho torpor volta a tomar conta de mim.. nada a pensar quando pensar me custa uma vida -a minha vida. Esse arrepio que atravessa minha pele me faz lembrar que não posso correr pra te abraçar, ao menos agora (enquanto o agora durar). Não lamento, já que você vem se tornando a minha vida, mas exclamo, em alto e bom tom, que por longos tempos ainda será. Me descobri em você, nos descobrimos assim. E agora, nessa sua falta não sinto necessidade de viver, não quero. Estou agindo como quer, mas quando é que você vai voltar? 
Tento respirar enquanto chego à conclusão de que não há sentido viver sem quem me faz sentir viva, quando não estou bem e é um sol e a lua ao mesmo tempo, iluminando a minha vida.


The Damage- Beeshop (8)

sexta-feira, 4 de março de 2011

The Damage

 Acordei. Após alguns segundos me vi presa em outro pesadelo, sem heróis mas com vários vilões... 
Vilões em reforma, saídos de revistas em quadrinhos inanimados. 
Não há mais emoção, já que ela acabou quando percebi que não me encaixo mais aqui.. que isso tudo tem ficado chato e patético e que meu refúgio e quem nele estava, é o lugar de onde eu mais quero fugir. Mas pense nisso, porque é o que venho sentindo. Sem sentido. Insuportavelmente. 
 aonde estão aqueles que juraram não mudar de rumo? Aqueles que me faziam feliz e que agora, logo agora, no agora não estão presentes? E nesse vacilo, nesse tremores de terra que abala a mim, não sou abalada. Volto à aqueles tempos de andarilha solitária, roupas simples, cantarolando blues entre tragos do melhor fumo que me restou. O que restou. Acabou.


ESTÁ ENGASGADO AQUI.


Soldier's poem- Muse (8)