quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ficção

 À beira de um precipício encontrava- se Maria. Alguns poucos pertences seus já estavam colocados no chão, organizadamente, como se alguém fosse encontrá- los depois ou se ela fosse voltar. Poucas esperanças ela guardava ainda dentro de só. Sua respiração acompanhava o ritmo das batidas de seu coração já tão fraco, que oscilava e hesitava em bater. Não era justo continuar com aquilo, já fora feito tudo e mais um pouco para mudar aquele fim mas de nada adiantou. 
 Após a morte de seus pais, Maria ficou sem rumo algum. Tempos depois fora descoberta que ela era portadora de uma doença degenerativa e com isso, todos os que diziam ser seus amigos afastaram- se dela sem algum motivo concreto, talvez por preconceito ou por não serem amigos para estes momentos. Ela estava sozinha, mas ainda sim tinha um pouco de consciência que resistia com o passar acelerado do tempo e avanço da doença, que a cada segundo, ia a matando. 
 Se jogar dali não era a solução para tudo, mas era a alternativa que havia restado, ou melhor, a mais dolorosa. Um ser humano não é capaz de viver sozinho, necessita de outros para troca de experiência e até diálogo.
 Ela não errou por ter vivido exageradamente à sua maneira, ela só errou ao escolher mal com quem viveria próxima, e agora, só agora é que entendeu esses fatos escondidos nas entrelinhas.. Eles se foram, ninguém restou. Ou melhor, nunca estiveram lá. 
 Uma breve ultima olhada à sua volta e no seu passado, sugerida como uma despedida e impulso para sua decisão. Sem pensar duas vezes ela se lançou em queda livre. Segundos depois, seu corpo já desfalecido colide fortemente com o chão. FIM.

 ESSES SÃO REALMENTE AMIGOS OS QUEM ASSIM VOCÊ DENOMINA? QUANTO VALE A SUA VIDA?


Fiction- Avenged Sevenfold ♪

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